Ganhámos a Acção, o Parecer do MP e o recurso.
A saga chegou ao fim. Pelo menos, a primeira parte.
Nove meses e meio de luta valeram a pena.
A sentença final foi conhecida na segunda-feira.
Ganhámos também o recurso.
O Tribunal Central Administrativo do Sul declarou improcedente o recurso da DREC pelo que todos os actos praticados pela "Comissão de acompanhamento do acto eleitoral" a partir do momento em que anulou a nossa lista concorrente à Comissão Executiva da Escola Dr Abranches Ferrão são definitivamente nulos.
As eleições terão que repetir-se, com a inclusão da nossa lista, como sempre foi óbvio para todos.
Prova-se uma vez mais que um despacho de uma Direcção Regional de Educação, de um secretário de Estado, de um ministro, seja lá de quem for NÃO TEM força de Lei, se contrariar o seu espírito.
E que a Lei não pode ser interpretada à vontade do freguês, nem da forma que der mais jeito a uma das partes.
Enquanto Presidente do Conselho Directivo da minha Escola COLOCAREI SEMPRE EM CAUSA QUALQUER DESPACHO ARBITRÁRIO que me pareça colidir com o Espírito da Lei.
Qualquer despacho será estudado à luz da Lei e só será acatado, na minha Escola, se efectivamente tiver um suporte legal perfeitamente claro e não colidir com os Direitos, Liberdades e Garantias de nenhum membro da Comunidade Escolar.
Tal como manda a Constituição da República Portuguesa.
Neste momento muitos actos que estão a ser praticados na minha Escola (e em muitas outras) são profundamente discricionários, ilegítimos e até mesmo ilegais.
Isso não se passará comigo enquanto Presidente da Comissão Executiva.
Já enfrentei a ministra, cara a cara, num "debate" televisivo absolutamente combinado, como se pode ver no primeiro filme à direita neste blog.
Já enfrentei os juristas da DREC em Tribunal e ganhei-lhes em todos os estágios.
Estou a enfrentar 2 processos disciplinares absolutamente persecutórios, levantados contra mim pelo mais abjecto servilismo e mais negro obscurantismo (que perderá sempre tudo o que há para perder na Justiça).
Por isso já mostrei que poucas coisas neste mundo me metem medo.
Agradeço às dezenas de pessoas que me fizeram chegar mensagens de solidariedade e de revolta pelo que nos tentaram fazer.
É devida uma palavra de reconhecimento, acima de tudo, ao afinco e à competência do Dr Nuno Almeida.
Não é todos os dias que um jovem advogado do interior ganha um processo e o respectivo recurso aos juristas do Ministério da Educação.
Trata-se de uma vitória clássica de David contra Golias.
Por isso sabe melhor.
Portugal ainda é um Estado de Direito.